O mercúrio advindo de práticas de garimpo em Roraima causa danos à saúde de humanos e animais
Peixes de três rios em Roraima estão altamente contaminados por mercúrio, indica estudo. A pesquisa revelou que existem espécies com teor do minério acima do recomendado para consumo humano.
O estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Evandro Chagas e a Universidade Federal de Roraima (UFRR), fez uma coleta de amostras de 75 peixes de 20 espécies diferentes e quatro níveis tróficos.
As espécies foram analisadas entre 27 de fevereiro e 6 de março e descobriram-se altas taxas de contaminação em trecho do Rio Branco na cidade de Boa Vista, Baixo rio Branco, Mucajaí e rio Uraricoera, como informado pelo G1.
O mercúrio é altamente tóxico ao ser humano. As espécies que ainda podem ser consumidas são o matrinxã, aracu, jaraqui, pacu, jandiá e outras. No entanto, o consumo por crianças e mulheres em idade fértil, deve ser moderado.
O mercúrio é usado por garimpeiros na região, de modo a separar o ouro de outros sedimentos. Depois de usado, ele é jogado em rios, provocando a poluição ambiental e afetando a cadeia alimentar desses animais, que se consumidos, causam danos à saúde humana.
O mercúrio pode provocar diversas doenças em humanos e em animais. Além de permanecer por 100 anos em diferentes compartimentos ambientais. Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em 2020, revelou um alto nível de mercúrio também entre os Yanomami.