Os cientistas encontraram o curioso buraco azul na Baía de Chetumal, no México, e novos estudos podem revelar cavernas; entenda!
Publicado em 29/04/2024, às 17h19
Um marco surpreendente na exploração submarina foi revelada recentemente: pesquisadores identificaram o Taam Ja' Blue Hole (TJBH), no México, como o buraco subaquático mais profundo já registrado, estendendo-se a uma profundidade de pelo menos 1.380 pés (420 metros) abaixo do nível do mar.
Essa descoberta ultrapassa em 480 pés (146 metros) as medições iniciais feitas em 2021 e em 390 pés (119 metros) o recorde anteriormente mantido pelo Sansha Yongle Blue Hole.
Detalhes impressionantes da pesquisa foram publicados na revista Frontiers in Marine Science em 29 de abril, revelando os achados de uma expedição realizada em 6 de dezembro de 2023. Durante esta expedição, os pesquisadores utilizaram um perfilador de condutividade, temperatura e profundidade (CTD) para realizar medições precisas.
Os resultados confirmaram que o TJBH é “o buraco azul mais profundo conhecido do mundo, com o seu fundo ainda não alcançado”, como afirmaram os cientistas no estudo, segundo o Live Science.
Além disso, o perfilador identificou distintas camadas de água no buraco, sugerindo uma possível conexão com o oceano por meio de uma rede oculta de túneis e cavernas. Essa descoberta lança luz sobre a complexidade do ecossistema submarino.
Os buracos azuis são formações geológicas encontradas em regiões costeiras, formadas pelo colapso de rochas solúveis como calcário e mármore. Eles representam locais de grande interesse científico devido à sua ligação com sistemas subterrâneos complexos e à diversidade de vida que podem abrigar.
Apesar dos avanços, os cientistas ainda enfrentam desafios para explorar completamente o TJBH. As medições mais recentes foram limitadas pela profundidade alcançável pelo equipamento, indicando que há mais a ser descoberto nas profundezas deste fenômeno natural.
A confirmação da profundidade máxima não foi possível devido a limitações dos instrumentos durante as expedições científicas em 2021”, escreveram os pesquisadores no estudo.
Os pesquisadores planejam continuar suas investigações para decifrar os mistérios das profundezas e explorar as possibilidades de biodiversidade que podem estar ocultas em suas profundezas.
Em seguida, os cientistas planejam “decifrar a profundidade máxima do TJBH” e as possibilidades de fazer parte de um sistema subaquático intricado e potencialmente interconectado de cavernas e túneis”. “Nas profundezas do TJBH também pode existir uma biodiversidade a ser explorada”, acrescentaram.