O estudou mapeou as temperaturas no norte e no centro da Groenlândia, indicando calor excessivo
Nesta sexta-feira, 20, o coautor de um estudo que reconstruiu as condições climáticas passadas através de perfurações no gelo declarou que em algumas áreas da Groenlândia, as temperaturas foram as mais altas em mil anos. Bo Mollesoe Vinther, professor de física climática da Universidade de Copenhague, disse:
Isso confirma as más notícias que infelizmente já sabemos, (está) claro que precisamos manter esse aquecimento sob controle para impedir o derretimento da Groenlândia".
Os cientistas conseguiram reconstruir como eram as temperaturas no norte e no centro da Groenlândia desde o ano 1.000 d.C. até 2011, ao perfurar as camadas a fim de obter amostras de neve e gelo. Os resultados foram publicados na revista Nature.
O estudo indica que o aquecimento registrado entre 2001 e 2011 "excede praticamente com certeza a faixa de variabilidade de temperatura pré-industrial e do último milênio”. Durante essa década, a temperatura teria sido de “em média 1,5ºC mais quente do que no século XX", segundo a AFP, via Uol.
A principal causa do aumento dos níveis do mar é o derretimento de gelo da Groenlândia, ameaçando a vida de milhões de pessoas que vivem em áreas costeiras que podem ficar submersas nas próximas décadas e séculos. A Nasa afirmou que a calota polar do local é o principal fator de crescimento de oceanos.
Ainda de acordo com a estação espacial, a região do Ártico está aquecendo em um ritmo mais acelerado do que o resto do planeta. Vinther alertou que “precisamos parar com isso antes de chegarmos ao ponto em que exista um ciclo vicioso de derretimento autossustentável do gelo da Groenlândia".