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Notícias / Arqueologia

Estrutura neolítica foi construída muito mais rápido do que se pensava, diz estudo

Todo o complexo do Mount Pleasant, um henge como o famoso Stonehenge, não foi erguido ao longo dos séculos, mas sim em anos

Isabela Barreiros Publicado em 10/11/2020, às 07h00

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Vista aérea do Mount Pleasant, durante escavações - Divulgação - Cardiff University
Vista aérea do Mount Pleasant, durante escavações - Divulgação - Cardiff University

Durante o período Neolítico, seres humanos no sul da Grã-Bretanha começaram a construir enormes monumentos para sepultamentos e rituais, sendo o mais famoso o Stonehenge. Agora, um novo estudo publicado na revista científica Proceedings of the Prehistoric Society investigou um deles, o henge Mount Pleasant.

Pesquisadores acreditaram por muito tempo que essas construções circulares ritualísticas eram erguidas ao longo dos séculos. As conclusões do recente artigo, porém, são bem diferentes: tudo indica que eles foram levantados muito mais rápido, levando entre 35 e 125 anos.

Os cientistas investigaram a datação por radiocarbono dos artefatos usados para construir o monumento. Alguns dos itens mais interessantes foram as picaretas de chifre, que serviam para abrir as valas do monumento. Por meio dessa pesquisa, foi possível entender o período que os humanos levaram para construir o henge.

Segundo a principal autora do estudo, Susan Greaney, “a construção de Mount Pleasant teria envolvido um grande número de pessoas - cavando valas enormes com ferramentas simples como picaretas de chifre”.

“Embora a construção das várias partes tenha ocorrido em várias fases, com sucessivas gerações a trabalhar na sua construção, toda a obra se concentrou em pouco mais de um século”, afirmou. Ou seja, o ritmo de toda a obra era frenético.

No entanto, ainda restam dúvidas: não se sabe porque as estruturas foram erguidas. “As pessoas estavam construindo esses monumentos como um 'último suspiro' porque podiam ver a mudança chegando? Ou o esforço e trabalho de construir esses monumentos levou a uma rebelião, um colapso na crença nos líderes ou na religião, que criou um vácuo no qual novas pessoas poderiam vir do continente?”, questionou a pesquisadora.