Depois da Cúpula das Américas, o presidente brasileiro afirmou ter gostado da conversa privada com o americano
Em entrevista coletiva após compromisso com líderes de todo continente americano na Cúpula das Américas,em Los Angeles, Estados Unidos, na quinta-feira, 9, o presidente da república, Jair Bolsonaro, disse estar “maravilhado” com o chefe de estado norte-americano, Joe Biden.
“Foi [um encontro] excepcional, estou muito feliz. Posso dizer que estou maravilhado com ele. Não estou errando em falar dessa maneira. Ficamos quase meia hora conversando reservadamente”, falou Bolsonaro à CNN.
Em reunião feita em frente ao hotel onde o brasileiro está hospedado, a meia hora de conversas privadas “foi muito melhor do que o esperado”, segundo ele enfatizou. Para ajudar na comunicação, um tradutor ficou por perto e agilizou as conversas, traduzindo as falas de ambos para português e inglês.
"Foi excepcional, muito melhor do que eu esperava. Naquela aberta a vocês, colocamos os pontos básicos e depois fomos para a reservada, confidencial, segredo de Estado. Vão ficar curiosos, segredo de Estado. (...) Há um interesse sim dos EUA muito grande no Brasil, e a recíproca é verdadeira. E se a gente conseguir realmente consolidar, ampliar esse eixo Norte-Sul, será bom para todo mundo", declarou o mandatário, segundo o jornal O Globo.
Além do encanto pela simpatia do presidente estadunidense, Jair também falou que os pensamentos sobre a Amazônia entre eles "comungam da mesma percepção", além de Biden enfatizar o papel importante do país no que tange à preservação ambiental.
Na reunião, o presidente dos Estado Unidos disse haver interesse em ajudar o Brasil na recuperação econômica e adiantou também que falaria de questões climáticas e ambientais com o governo brasileiro.
"Falamos abertamente sobre Amazônia, depois reservadamente, [ele] concorda conosco. Ela é muito grande. O Brasil é um exemplo para a preservação ambiental do mundo todo. Temos pela frente a questão de energia limpa, como a eólica", afirmou.
Bolsonaro afirmou que o presidente dos EUA se "comprometeu" a ajudar o país a manter a democracia e liberdade:
"Na reunião reservada, que é segredo de Estado obviamente, ele se comprometeu a colaborar conosco, assim como as nações civilizadas fazem, para o bem dos nossos povos, e a manutenção da democracia, da liberdade. (...) Comungamos da mesma percepção. Ficou bom para ele e ficou bom para mim”.
Ainda ao jornal O Globo, o presidente confirmou que deixará o governo de uma forma democrática e respeitosa, mesmo que, há dois dias, tenha feito ataques ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Planalto, dizendo que ele e as Forças Armadas do país não farão “papel de idiotas, esperando pelo pior de braços cruzados”.