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Notícias / Hiroshima

Estátua que homenageava menina vítima de Hiroshima é furtada nos EUA

Da estátua que homenageava Sadako Sasaki no Peace Park de Seattle, restaram apenas os pés; menina morreu aos 12 anos em razão dos efeitos da radiação

por Giovanna Gomes
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Publicado em 17/07/2024, às 12h19

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Estátua que homenageava vítima de Hiroshima desapareceu - Divulgação/Departamento de Polícia de Seattle
Estátua que homenageava vítima de Hiroshima desapareceu - Divulgação/Departamento de Polícia de Seattle

A polícia de Seattle, no estado de Washington, Estados Unidos, está investigando o furto da estátua de bronze de Sadako Sasaki, menina que sobreviveu ao bombardeio de Hiroshima na Segunda Guerra Mundial, mas que acabou falecendo aos 12 anos em razão de um câncer causado pela radiação.

No dia 12 de julho, os policiais receberam uma denúncia sobre o roubo do monumento no Peace Park, localizado no quarteirão 800 da Northeast 40th Street. Até o momento, nenhum suspeito foi identificado ou preso.

De acordo com um comunicado da polícia divulgado nesta terça-feira, 16, o monumento foi quase completamente levado. A estátua foi cortada na altura das canelas pelos criminosos, que deixaram apenas os pés no local.

O Escritório de Artes e Cultura de Seattle avaliou a estátua de Sadako Sasaki em aproximadamente US$ 25.000, equivalente a mais de R$ 136 mil. No entanto, seu valor simbólico era imenso, sendo um importante símbolo de paz para a comunidade local.

Segundo informações do portal Galileu, em homenagem a Sasaki, moradores de Seattle frequentemente cobriam a estátua com origamis. A escultura, retratando a garotinha segurando tsurus (pássaros) de papel, é especialmente significativa para a população japonesa da cidade.

Antes de falecer, Sasaki fez muitos desses tsurus no hospital, desejando saúde enquanto lutava contra a leucemia. Ela morreu em 1955, 10 anos após a bomba atômica de Hiroshima atingir sua casa no Japão.

Relato de frequentador

Avery Lockett, que frequentava o Peace Park para meditar e se sentir próximo de sua família, relatou ao New York Times que chorou ao notar o desaparecimento da estátua. "Eu tomei aquilo como uma espécie de ataque pessoal contra mim", disse ele.

O tataravô de Lockett, Floyd Schmoe, foi um ativista pela paz e idealizador o parque. “Eu sou um dos únicos que estão na região de Seattle que ainda representam o que ele é e por que ele fez aquela estátua", afirmou.