A nova política da Federação Internacional de Natação conta com uma exigência específica
A Federação Internacional de Natação (FINA) decidiu que mulheres transsexuais não poderão participar das categorias femininas do esporte caso tenham passado pela puberdade masculina.
A nova política do órgão, que é explicada em um documento de 34 páginas divulgado recentemente, foi estabelecida após um painel científico realizado pela FINA concluir que as atletas trans teriam vantagens físicas em relação às suas contrapartes cisgêneras. Essas vantagens persistiriam inclusive naquelas que faziam tratamento hormonal para controlar os níveis de testosterona do organismo.
Temos que proteger os direitos de nossos atletas de competir, mas também temos que proteger a justiça competitiva em nossos eventos, especialmente a categoria feminina nas competições da FINA”, afirmou o presidente da federação, Husain al-Musallam, conforme repercutido pelo The Guardian.
A alternativa oferecida pela FINA para as nadadoras transsexuais que não conseguirem mais competir com outras mulheres é a criação de uma categoria aberta, que não impõe nenhuma restrição aos seus participantes.
Nela, "todos terão a oportunidade de competir em nível de elite", ainda de acordo com al-Musallam, o que seria uma iniciativa inédita.
Vale mencionar que, ainda segundo o The Guardian, a decisão da FINA é incomum no meio esportivo. A maneira como a maioria dos outros órgãos reguladores de esportes lida com a questão envolve o nível de testosterona no organismo das atletas para permitir ou não sua entrada em competições femininas.