A múmia foi um presente dado ao Imperador durante sua viagem ao Egito e foi parcialmente encontrada após o incêndio que atingiu a instituição
Entre as 200 peças da coleção egípcia encontradas nos escombros do Museu Nacional, que pegou fogo em setembro de 2018, pesquisadores recuperaram partes de uma múmia e do sarcófago que pertencia a coleção pessoal de dom Pedro II – ele ganhou a relíquia durante sua expedição ao Egito. Partes dos ossos e do caixão foram encontrados através da técnica de peneiração.
A múmia era a preservação da sacerdotisa-cantora Sha-Amun-em-Su, que morreu próximo a 750 a.C. Seu sarcófago nunca foi aberto, entretanto, seu conteúdo já era conhecido pelos pesquisadores desde 2005.
Também foi possível encontrar alguns objetos carregados pela sacerdotisa, como um amuleto em formato de besouro - que estava pendurado no dorso da múmia - e um saco contendo oito amuletos ligados à proteção na vida eterna.
Os arqueólogos seguem esperançosos com a busca pela coleção egípcia do imperador. Ao que tudo indica, a procura pode acabar em outubro deste ano.
No entanto, o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, alerta alguma fragilidades: não existe espaço para colocar os objetos encontrados, dado que a estrutura do museu também foi comprometida com o incêndio.
Atualmente, diversos contêineres acumulam mais de 2.700 peças encontradas. Ao mesmo tempo, a verba do museu é insuficiente para a busca total das relíquias.
Devido aos cortes realizados pelos últimos governos - e a campanha de desestruturação das universidades públicas realizada pelo atual Ministro da Educação - o orçamento da instituição foi reduzido.