Em Assembleia Geral, Kyaw Moe Tun criticou a atuação da tropa de choque durante um intenso protesto na cidade de Yangon
Mianmar segue em uma lógica complexa de protestos, desde que um Golpe de Estado foi instaurado pelos militares, no dia 1º de fevereiro. Na última sexta-feira, 26, então, o embaixador do país na ONU, Kyaw Moe Tun, exigiu "o fim do golpe" durante Assembleia.
O pedido aconteceu logo depois das intervenções militares ocorridas durante um protesto em Yangon. Na ocasião, os agentes da tropa de choque agiram com força excessiva contra os manifestantes e chegaram a prender 31 pessoas, segundo o UOL.
No total, desde o início do Golpe Militar, 720 indivíduos foram detidas pelo Estado, enquanto outros cinco morreram nos conflitos. Pensando nisso, Kyaw Moe Tun, afirmou, em oposição direta ao novo regime, que o país precisa da “ação mais enérgica possível da comunidade internacional para pôr fim imediatamente ao golpe militar”.
Enviada da ONU à Mianmar, Christine Schraner Burgener também condenou as atitudes do militares no país. Segundo a diplomata, "não há justificativa para tais ações” e, por isso, “devemos continuar pedindo para reverter essa situação inadmissível”.