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Notícias / Estados Unidos

Em meio a debates sobre aborto, caixas para entrega de bebês se multiplicam nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, mais de 12 estados aprovaram leis que possibilitam instalações do objeto

Redação Publicado em 08/08/2022, às 15h36

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Imagem ilustrativa de mão de bebê - Foto de jarmoluk, via Pixabay
Imagem ilustrativa de mão de bebê - Foto de jarmoluk, via Pixabay

As caixas para bebês, instaladas em diversos orfanatos e abrigos, servem para dar um “refúgio” às crianças, evitando machucar, abandonar ou matá-las. Esse método também garante a segurança da mãe, que pode entregar o bebê de modo anônimo. As caixas estão vinculadas ao ativismo antiaborto.

O uso do instrumento que, ganhou força e apoio da direita religiosa, aumentou muito nos últimos anos. Especialistas em bem-estar infantil e em saúde reprodutiva afirmam que as entregas de crianças a refúgios seguros irão, provavelmente, aumentar depois da decisão da Suprema Corte americana de revogar Roe. V. Wade.

Mais de 12 estados nos Estados Unidos aprovaram leis que permitiam a instalação dessas caixas, nos últimos 5 anos. No processo da decisão que revogou o direito ao aborto em alguns locais do país, a juíza da Suprema Corte Amy Barret sugeriu que as leis de refúgio seguro oferecem uma alternativa ao aborto, fazendo com que mulheres evitem "o fardo de cuidar de filhos".

Ainda na decisão, o juiz Samuel Alito também citou as leis de refúgio seguro, as descrevendo como um “avanço moderno” que tornou desnecessário o direito ao aborto. Somente em 2021, estima-se que mais de 115 entregas legais aconteceram.

Vítimas das políticas

Como tudo sempre possui mais lados, muitos especialistas em saúde feminina e adoção não enxergam os tais refúgios como algo positivo. Para eles, quando a mulher acaba entregando seu bebê, nesse cenário, serve de sinal de que ela tenha caído nas frestas dos sistemas de apoio, segundo a Folha de S. Paulo.

De acordo com os especialistas, a mulher pode estar ocultando um abuso, vivendo em situação de rua, escondendo violência doméstica, ou uma série de outros fatores. Segundo o presidente do Conselho Nacional de Adoção, Ryan Hanlon, se algum responsável faz uso de um refúgio seguro "é porque houve uma crise e o sistema já falhou".


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