Os trabalhadores foram resgatados em uma fazenda de Goiás
Em Goiás, em uma fazenda de bambu, oito trabalhadores em condição análoga à escravidão foram resgatados em uma operação do Ministério do Trabalho. As pessoas, conforme repercutiu o portal de notícias do UOL, trabalhavam na extração de varas de bambu na cidade de Nova Glória.
Na ocasião, durante a fiscalização, os trabalhadores foram encontrados em situações subumanas, e os alojamentos que tinham acesso não contavam com camas, roupas de cama, armários individuais e nem locais ideais para o preparo de refeições.
Além disso, os envolvidos na situação sobreviviam com quantias de R$ 10 a R$ 50, e ainda estavam a meses sem receber salário. Tudo aquilo que tinham acesso, como água, alimentos e equipamentos de proteção, era descontado de maneira indevida do salário deles pelo empregador, e quando os mesmos pediam para ir embora, o chefe comentava que eles estavam devendo e deveriam acertar suas contas.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o patrão contava com um caderno onde tinha todas as despesas, e, caso deixassem a fazenda, as vítimas teriam que assinar notas promissórios das dívidas, conforme relatou o chefe de fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho em Goiás, o auditor fiscal Afonso Borges.
Os trabalhadores da fazenda não eram registrados, e o empregador deles foi preso pela Polícia Federal. O mesmo, além de submeter funcionários a trabalho análogo ao deescravo, há indícios de que ele tenha ainda cometido crimes de aliciamento, retenção indevida de salário e tráfico de pessoas.
O chefe dos trabalhadores se recusou fazer o pagamento da rescisão contratual, do salário de todo o período que os indivíduos trabalharam e ainda as passagens para que os trabalhadores retornassem para os seus estados de origem. Ele alegou, de acordo com Afonso, que não tinha condições financeiras.