Sete obras de Egon Schiele, roubadas por nazistas, foram devolvidas para os familiares de um judeu nesta quarta-feira, 20
Nesta quarta-feira, 20, sete desenhos de Egon Schiele, pintor expressionista austríaco, foram devolvidos para os herdeiros de um judeu identificado como Fritz Grünbaum, que possuía as obras, antes de ser morto pelos nazistas, quando era artista de cabaré há mais de 80 anos.
A transferência das obras para os familiares do judeu foi marcada por uma cerimônia no Gabinete do Procurador Distrital de Manhattan, em Nova York. Com relação ao anúncio da transferência, o mesmo foi feito pelo promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, e Ivan J. Arvelo, agente especial encarregado das investigações de segurança interna.
Segundo repercutiu a People, os desenhos foram “apreendidos e devolvidos voluntariamente” pelo Museu de Arte Moderna e Biblioteca e Museu Morgan, localizado em Nova York, Museu de Arte de Santa Bárbara, na Califórnia, e ainda pelo Vally e pela Coleção Ronald S. Lauder, conforme o escritório de Alvin.
Supõe-se que, por décadas, os familiares de Fritz buscavam na Justiça pela devolução dos desenhos em questão.
As sete obras do pintor expressionista austríaco possuem o valor estimado de US$ 780.000 a US$ 2,75 milhões, dentre elas encontrava-se a pintura “Retrato da esposa do artista, Edith”. Vale estacar que Fritz tinha centenas obras de arte e, após a Alemanha invadir a Áustria, em 1938, ele foi preso pelos nazistas. Antes de morrer, o pintor foi obrigado a fazer uma procuração para sua esposa. A mesma, tempos depois, foi forçada a entregar aos nazistas a coleção dele.
Além disso, segundo o comunicado emitido pelo promotor, os desenhos se encontravam em 1956 em Berna, na Suíça, tendo sido adquiridos pelo dono de uma galeria de Nova York. Então, elas foram enviadas para Manhattan, onde foram vendidas, antes de serem apreendidas pelas autoridades, para colecionadores e instituições.
Em comunicado, Alvin Bragg disse:
Ainda temos muito a aprender com Fritz Grünbaum e essas sete peças que ele achou tão bonitas. O Ministério Público de Manhattan tem orgulho de ter desempenhado um papel na lembrança de seu legado."