Essa é a segunda prisão de suspeitos no caso dos trabalhadores libertados no último dia 19
Há quatro dias, 15 pessoas foram libertas de um restaurante japonês, na zona leste de São Paulo, onde trabalhavam e viviam em situação análoga à escravidão. Nesta terça-feira, 24, a Polícia Civil de São Paulo informou nas redes sociais que o dono do local foi preso.
O suspeito é a segunda pessoa presa pela polícia depois que o resgate aconteceu. Sua identidade, no entanto, não foi revelada. O grupo de trabalhadores atuava e morava no restaurante, localizado na Vila Formosa. Uma mulher de 39 anos, a gerente do local, foi detida no dia da operação policial.
A primeira suspeita foi solta depois de uma audiência de custódia. Além de ser investigado por redução dos funcionários à condição análoga à escravidão, o segundo suspeito foi preso também por crime contra as relações de consumo, já que, no restaurante, foram encontrados alimentos vencidos.
Segundo a UOL, um dos funcionários resgatados — que não quis se identificar — contou que os outros companheiros de trabalho não tinham data certa para receber o salário, além de serem orientados a reaproveitar os alimentos de um cliente para o outro. Ainda de acordo com ele, os valores da passagem de sua cidade natal e o que consumia no local eram descontados do salário dele.
O restaurante publicou uma nota de esclarecimento nas redes sociais dizendo que “os fatos serão, em tempo oportuno, devidamente esclarecidos no bojo do processual judicial e administrativo".
A empresa investigada se resguarda ao direito de se manifestar no momento processual adequado sobre o que for necessário à elucidação dos fatos e demonstração da verdade real", completa a nota.