Em entrevista exclusiva, Laís Bodanzky comenta o heroísmo do imperador em ‘A Viagem de Pedro’
Isabelly de Lima, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 19/09/2022, às 19h33 - Atualizado em 25/09/2022, às 13h00
No ano em que o Brasil comemorou 200 anos de sua Independência, muito se falou sobre os personagens dessa data especial, principalmente de seu maior símbolo, a imagem de Dom Pedro I. Neste mês chegou aos cinemas o filme ‘A Viagem de Pedro’, de Laís Bodanzky, que traz um outro olhar para ele.
Vivido por Cauã Reymond, Dom Pedro I, na trama, está a caminho de Portugal para lutar com seu irmão pelo trono, a fim de colocar sua filha no poder. O longa retrata o caminho percorrido até lá, em um navio, momento da história em que Pedro sai quase que “expulso” do Brasil.
Em meio à loucura causada pela sífilis, Pedro se vê enfrentando fantasmas do passado enquanto luta com seu atordoado presente. A diretora da produção, Laís Bodanzky, conversou com o Aventuras na História e falou sobre a desmitificação da imagem heroica do imperador.
Em entrevista exclusiva, a diretora comentou sobre o comportamento complicado de Dom Pedro, tanto com as mulheres quanto com seu povo em um geral. Além de mulherengo, ela quis evidenciar que, de herói, o imperador não tinha muito.
Nos dias de hoje não dá mais para pegar essa imagem do Dom Pedro e apresentar ele como esse herói clássico. Eu como mulher ficaria revoltada”, disse ela.
Laís também acrescentou que não teve nenhum receio em mostrar a “outra face” do monarca, explicando que no século 21, não é possível entender Pedro como um herói da pátria, tanto por sua vida política quanto com os fatídicos erros em sua vida pessoal, sendo o casamento com D. Leopoldina o maior exemplo disso. “Era o mínimo que eu podia fazer”, relatou.
Confira a entrevista exclusiva com a diretora de ‘A Viagem de Pedro’, Laís Bodanzky: