Diretor de 'Leaving Neverland' se manifestou sobre a cinebiografia que resgata a ilustre carreira de Michael Jackson
Dan Reed, responsável pelo documentário 'Leaving Neverland', que acusa Michael Jackson de pedofilia e abuso sexual, se revoltou com a cinebiografia que relembrará a carreira de Michael Jackson, artista que se tornou o rei do pop.
Com direção de Antoine Fuqua, 'Michael', terá produção de Graham King, que fez o filme 'Bohemian Rhapsody', ao lado de John Branca e John McClain, atuais co-executores do espólio de Michael. Já o roteiro do filme fica por conta de John Logan.
Através de um artigo publicado no The Guardian, Dan Reed relembrou o que o motivou a rodar um documentário que acusa Jackson de abuso infantil. "É claro que o fato de o molestador de crianças neste caso ser um dos homens mais famosos do mundo significava que muitas pessoas iriam assistir", escreveu o documentarista, conforme repercutido pelo CineBuzz.
Em seguida, Reed fala sobre o anúncio da cinebiografia. Para ele "a total ausência de indignação que acompanha o anúncio deste filme nos diz que a sedução de Jackson ainda é uma força viva, operando além do túmulo. Parece que a imprensa, seus fãs e o vasto grupo demográfico mais velho que cresceu amando Jackson estão dispostos a deixar de lado seu relacionamento doentio com as crianças e apenas seguir a música".
Ele também volta a acusar Michael Jackson de pedofilia. "Mesmo que você não acredite em uma palavra do que seus muitos acusadores disseram; mesmo que você não esteja preocupado com as investigações policiais e os enormes pagamentos para interromper os processos legais, como você explica o fato completamente incontestável de que durante anos Jackson passou inúmeras noites sozinho na cama com meninos?", escreve. "O que ele estava fazendo com eles, sozinho em seu quarto Neverland, com sinos de alarme no corredor? Isso não pode ser aceitável de forma alguma", finaliza.
Em 'Leaving Neverland', Wade Robson e James Safechuck alegam terem sido abusados sexualmente por Michael Jackson na infância. Todavia, Mike Smallcombe, responsável pela notória biografia Making Michael (2016), encontrou inconsistências no documentário da HBO. Relembre aqui.