Filme marca retorno de Johnny Depp aos cinemas, mas não escapa de polêmica
Jeanne du Barry, filme que marca o retorno de Johnny Depp aos cinemas após o conturbado processo contra Amber Heard, sua ex-companheira, tem causado polêmica no tradicional Festival de Cannes.
O filme, em que o ator interpreta o rei Luís XV, rendeu reações negativas ao ser incluído no festival. Adéle Haenel, atriz francesa, disse que Cannes 'faz qualquer coisa para defender seus chefes estupradores', como repercutido pela Rolling Stone Brasil.
Na coletiva de imprensa da primeira noite do Festival de Cannes, Thierry Fremaux, diretor, comentou a polêmica em torno da presença do ator e a exibição do filme. Fremaux falou sobre a 'liberdade de pensamento' e 'expressão'.
"Eu não sei sobre a imagem de Johnny Depp nos Estados Unidos. Pra falar a verdade, na minha vida, eu só tenho uma regra, que é a liberdade de pensamento, liberdade de expressão e agir de acordo com a lei", disse ele.
Fremaux disse que não tem interesse no embate judicial, que também envolveu a atriz Amber Heard, e que não sabe sobre o que se trata.
"Se há uma pessoa nesse mundo que não tem o menor interesse nesse julgamento, sou eu. Eu não sei sobre o que é. Eu também me importo com Johnny Depp como um ator," disse o diretor. "Se Johnny Depp tivesse sido banido do cinema, ou o filme tivesse sido banido, não estaríamos falando sobre isso."