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Notícias / Dilma e Temer

Dilma escreve carta aberta sobre declarações de Temer: 'A História não perdoa a prática da traição'

Após Michel Temer declarar, em entrevista, que Dilma é "honestíssima", a ex-presidente escreveu carta aberta rebatendo declarações

Redação Publicado em 22/07/2022, às 17h22

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Dilma, em carta aberta, rebate declarações de Temer - Getty Images
Dilma, em carta aberta, rebate declarações de Temer - Getty Images

Após declaração de ex-presidente Michel Temer, de que Dilma Rousseff, "é honestíssima", a também ex-presidente da República, respondeu aos  comentários em carta aberta, afirmando que Temer articulou traição: "inconteste condição de golpista".

Em carta aberta divulgada nessa sexta-feira, 22, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), rebateu comentários de Michel Temer, em entrevista ao UOL, onde ele alegou que o Impeachment de 2016, ocorreu por "problemas políticos".

"Eu agradeceria que o senhor Michel Temer não mais buscasse limpar sua inconteste condição de golpista utilizando minha inconteste honestidade pessoal e política", escreveu Dilma.

Na entrevista, o ex-presidente, Michel Temer (MDB), afirmou não ser golpista e que o Impeachment ocorreu por problemas de diálogo com o Congresso, como aponta o UOL.

"Tal "dificuldade" era uma integral rejeição às práticas do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, criador do Centrão, que queria implantar com o meu beneplácito o "orçamento secreto", realizado, hoje, sob os auspícios de um dos seus mais próximos auxiliares na Câmara Federal", respondeu Dilma, na carta.

Dilma define Temer como "alguém que articulou uma das maiores traições políticas dos tempos recentes" e finaliza a carta declarando: "relembro que a História não perdoa a prática da traição. O senhor Michel Temer não engana mais ninguém". 

Após as declarações da ex-presidente, Temer, em seu Twitter, escreveu que não responderia, por tais manifestações serem "desarrazoadas".

"Não há nada que possa apodá-la de corrupta"

Em entrevista ao UOL, Michel Temer, alegou que não pode ser chamado de golpista e que o Impeachment de 2016, foi resultado de um mau diálogo com o Congresso e manifestações populares.

"Não houve golpe. Eu quero dizer que a ex-presidente é honesta. Eu sei, e pude acompanhar, que não há nada que possa apodá-la de corrupta. Ela é honestíssima. Mas houve problemas políticos. Ela teve dificuldades no relacionamento com a sociedade e com o Congresso Nacional. Esse conjunto de fatores levou multidões às ruas", afirmou Temer

Rebatendo a declaração de Temer, Dilma escreveu: "Lembro ainda que a 'dificuldade de diálogo com o Congresso' não é razão legal e constitucional para impeachment em um regime presidencialista, como ele bem sabe".