Manifestações tiveram início após a morte de uma jovem que estava sob custódia policial por não usar o hijab
Ao menos dezessete pessoas morreram em protestos que tiveram início há seis dias no Irã. As manifestações, lideradas por mulheres que questionam a obrigatoriedade do uso do hijab, eclodiram depois que uma jovem de 22 anos morreu após ficar sob custódia da polícia por não usar o véu islâmico.
Mahsa Amini era natural do Curdistão e passava férias com familiares no nordeste do Irã quando foi presa pelos agentes. Mais tarde, Amini foi levada ao hospital em estado grave e acabou falecendo.
Sua morte, cuja causa não foi explicada pelo governo iraniano, fez com que mulheres de diversas regiões do país se mobilizassem contra as autoridades.
De acordo com informações do G1, a lei iraniana, que é baseada na Sharia, determina que as mulheres usem o hijab, um véu que cobre a cabeça, o cabelo e o pescoço.
Segundo a fonte, estão entre os mortos tanto manifestantes quanto integrantes das forças de segurança. Todos os óbitos se deram por tiros ou esfaqueamento e ocorreram nas regiões de Tabriz, Qazvin e Mashhad, no nordeste; em Kermanshah e no Curdistão iraniano, no noroeste; além de Shiraz, na região central.