Os três presos notaram que o vice-xerife Warren Hobbs sofreu complicações durante o sono e se mobilizaram para socorrer o militar
Enquanto tirava um cochilo na cadeia de Gwinnett County, na Geórgia, EUA, o vice-xerife Warren Hobbs começou a apresentar algo errado na respiração, que teve os roncos interrompidos. Acostumado com o barulho compassado do agente, o detendo Mitchell Smalls notou que algo estranho ocorria com o militar.
Momentos depois, Hobbs caiu no chão e sua cabeça começou a sangrar, tudo sendo observado por Smalls, que começou a gritar e chacoalhar as grades para mobilizar os internos para chamar atenção dos outros agentes, de maneira que alguém pudesse salvar a vida do oficial. O barulho alto conseguiu recuperar parcialmente a consciência de Hobbs, que apertou um dos botões para liberar o portão de uma das celas, aleatoriamente.
Um dos portões foram destravados, onde os presos Terry Lovelace e Walter Whitehead estavam instalados. Assim que saíram, avisados por Smalls, correram para socorrer o agente, solicitando amparo médico pelo rádio e pelo celular que Hobbs carregava, além de levantar sua cabeça para diminuir o sangramento. Ao ser atendido, os detentos retornaram às celas voluntariamente.
Em entrevista a Fox News, Whitehead explicou que faria o mesmo com qualquer outro ser humano nesta situação: "Eu não me importo se é um policial ou quem quer que seja. Farei o que puder para salvar um homem. Não quero que ninguém morra”. Hobbs foi levado ao hospital e já recebeu alta, se recuperando de uma parada cardíaca em casa.
O escritório do xerife do condado agradeceu a atitude dos detentos em um comunicado, acrescentando que é possível a criação de laços improváveis entre os dois lados da lei, visto que convivem no mesmo ambiente e dependem uns dos outros: "Muitas pessoas têm opiniões fortes sobre policiais e criminosos, mas esse incidente ilustra claramente a bondade potencial encontrada em ambos".