Enquanto estava desacordado, grupo escreveu uma ameaça na barriga da vítima: “Na próxima você morre”; Polícia informou que inquérito foi aberto
Na cidade de Itaguara, no interior de Minas Gerais, um repugnante caso mobilizou a Polícia Civil. Conforme noticiou o UOL na tarde de hoje, 14, um empresário gay foi atacado por quatro pessoas dentro de seu próprio estabelecimento.
Segundo relatos, o grupo entrou na lan house, que é administrada pela vítima — que funciona no mesmo endereço de sua residência —, e injetou uma agulha em seu pescoço, com uma substância que o deixou desacordado.
Com o homem dopado, o quarteto aproveitou o momento para fazer cortes em seu corpo, que iam desde a lombar até a região das nádegas. Além disso, o empresário teve uma suástica desenhada em sua testa e uma ameaça escrita em sua barriga: “Na próxima você morre”.
Quando retomou a consciência, o empresário viu manchas de sangue pelo chão e também constatou ferimentos e desenhos por seu corpo. Segundo o UOL, ele chegou a ser levado para o Hospital Santa Casa de Misericórdia, que fica no município, onde acabou tendo alta após a equipe médica fazer alguns curativos.
Conforme explica a polícia, os atos foram cometidos após a vítima atender seu último cliente. O homem disse às autoridades que acredita que o crime tenha sido motivado por homofobia, já que no dia anterior ele havia sido hostilizado pelo mesmo grupo em uma praça da cidade.
Agora, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar os crimes. “A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou inquérito policial para investigar o crime de lesão corporal, registrado nesta terça-feira (13), em Itaguara", informaram em nota.
“A investigação tramita na 9ª Delegacia de Polícia Civil em Itaguara, onde os trabalhos investigativos estão em andamento para apurar as circunstâncias, o motivo e a autoria do crime. Outras informações serão repassadas em momento oportuno, para não atrapalhar o andamento da investigação", completa a corporação, que informou não ter testemunhas que possam colaborar com o caso.
Apesar de alegar crime de homofobia e uma suástica ter sido desenhada na testa da vítima, a princípio, as autoridades abriram um inquérito apenas por crime de lesão corporal, porém, segundo informado ao UOL, a “polícia não descarta nenhuma linha investigativa".
A vítima disse que, apesar de saber que o crime foi cometido pelo mesmo grupo que o hostilizou anteriormente, não sabe informar mais características que possam ajudar na localização dos responsáveis. Ademais, a substância que foi aplicada em seu corpo também não foi revelada.