A tumba foi encontrada por uma equipe do Egito e da Itália e estava repleta de artefatos
No final de abril, arqueólogos encontraram um túmulo esculpido em rocha no sul do Egito. A descoberta ocorreu durante as escavações da missão egípcio-italiana no túmulo de Aga Khan, no oeste da cidade de Assuã, margem Sul dos domínios do Império Egípcio na Bacia do Nilo.
A missão, liderada pela arqueóloga Patrícia Piasti, encontrou a tumba e conseguiu identificá-la como pertencente a uma pessoa chamada t.j.t (em egípcio, não há marcação das vogais das palavras), que teria vivido na época greco-romana.
Dentro do caixão, os arqueólogos encontraram um texto em hieróglifo preservado integralmente. Foi a partir do relato original que a missão conseguiu identificar o proprietário do túmulo e o dono do cemitério. Além disso, também foi encontrado um texto descrevendo os rituais funerários utilizados, correspondentes às práticas ritualísticas primeiras da região de Khannum, no Alto Nilo.
A Secretaria de Antiguidades do Egito afirmou que a tumba é composta por uma escada que vai de um compartimento mortuário para uma câmara lateral. A expedição arqueológica também encontrou uma pedra esculpida em frente a uma série de múmias em péssimo estado de conservação.
Outros objetos também foram encontrados em meio à escavação. Entre as relíquias desenterradas, os pesquisadores encontraram caixas com totens customizados em cartonagem, múmias vestindo sandálias, caixas brancas e caixões.
A expedição também encontrou máscaras funerárias de ouro, estátuas pequenas, uma coleção de aves preservadas (que ilustravam o espírito do falecido), uma coleção de ânforas diferentes entre si e potes de cerâmica contendo betume, material utilizado no embalsamamento.
A missão arqueológica também concluiu o trabalho com o desenvolvimento de um mapa completo do local, ainda não divulgado.