Os herdeiros da família imperial brasileira recolhem R$ 1,21 milhão ao ano para gerenciar o laudêmio
Três descendentes de D. Pedro II recolhem R$ 100,9 mil por mês, o equivalente a R$ 1,21 milhão ao ano, para administrarem o laudêmio, também chamado de “taxa do príncipe” ao fazerem parte da diretoria da Companhia Imobiliária de Petrópolis (CIP).
A empresa responsável pelo recolhimento faturou, somente em 2020, R$ 5,161 milhões, como informou o portal Metrópoles. Desse valor, R$ 4,883 milhões estão relacionados a receitas operacionais da atividade principal da empresa.
O valor mensal foi definido na última Assembleia Geral Ordinária (AGO) da CIP, que aconteceu em 17 de março de 2021. Os honorários independem do fato de haver ou não lucros na companhia.
Em 2020, por exemplo, a imobiliária dos herdeiros da família imperial brasileira teve lucros no valor de R$ 59.354,84, mas não houve distribuição de dividendos em decorrência de “prejuízos fiscais de exercícios anteriores a serem compensados”.
A CIP é presidida atualmente por Afonso de Bourbon de Orleans e Bragança, cuja diretoria é dividida com Francisco de Orleans e Bragança e Pedro Carlos de Bourbon de Orleans e Bragança, segundo registros públicos da Receita Federal.
O laudêmio nada mais é que uma taxa que as pessoas que residem em Petrópolis pagam aos descendentes de D. Pedro II, do ramo Petrópolis. Na prática, eles recebem 2,5% do valor de mercado na compra de qualquer imóvel localizado na antiga fazenda Córrego Seco, que foi do imperador.