Segundo o centro de pesquisas onde Elizabeth Tsurkov atuava, a mesma era “abertamente crítica” a Israel, Irã e Rússia
Após desaparecer em março no Iraque, a pesquisadora israelense-russa, Elizabeth Tsurkov, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, está em cativeiro de milícia xiita, afirma Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, conforme reproduzido pela BBC.
Elizabeth, sequestrada durante suas pesquisas em Bagdá, está sendo mantida em cativeiro pelo grupo Katai Hezbollah, segundo afirma Israel. "Nós consideramos o Iraque responsável por sua segurança e bem-estar", comunicou o escritório de Netanyahu, que não informou as demandas da milícia.
Segundo o Washington Post, a família de Elizabeth afirma que julga “o governo iraquiano diretamente responsável por sua segurança”. Em uma postagem, a universidade de Princeton também se manifestou:
Estamos profundamente preocupados com sua segurança e bem-estar e estamos ansiosos para que ela possa se juntar à família e retomar seus estudos".
Kataib Hezbollah (Brigadas do Partido de Deus, em tradução livre) é uma milícia xiita iraquiana apontada como grupo terrorista pelos EUA desde 2009, que conta com suporte militar e financeiro do Irã.
Em seu portal na internet, Elizabeth mostrou que sua pesquisa se pautava no Levante, região que inclui Síria, Israel e proximidades, e focava no “levante sírio e a guerra civil”. O New Lines Institute for Strategy and Policy, um centro de pesquisas em Washington, onde Tsurkov atua, afirmou que as circunstâncias eram complexas, uma vez que a mesma é abertamente crítica a Israel, Irã e Rússia, justamente os países envolvidos em sua soltura.