Molar de um Homo erectus pode ser evidência dos primeiros sinais de humanos deixando a África há milhares de anos
Na Geórgia, pesquisadores encontraram um dente humano de cerca de 1,8 milhão de anos; o que pode ser uma das evidências mais antigas dos hominídeos — uma espécie primitiva.
Trata-se do quarto pré-molar da mandíbula, do qual os arqueólogos especulam ser de um Homo erectus; o primeiro de nossos ancestrais a ter proporções corporais semelhantes às nossas.
Uma curiosidade, segundo o Daily Mail, é que o dente foi descoberto por Jack Peart, um estudante de arqueologia britânico, na vila de Orozmani. Além disso, as escavações também identificaram ossos de animais extintos, ferramentas de pedra e lascas de rochas.
Líder científico da equipe de escavação, Giorgi Bidzinashvili disse que considera o dente como pertencente a um “primo” de Zezva e Mzia, nome atribuído a dois crânios fossilizados encontrados em Dmanisi, que fica a quatro quilômetros do local — as descobertas por lá ocorreram entre o final dos anos 1990 e início dos 2000.
Com as descobertas, especula-se que o Homo erectus migrou para fora da África, cerca de dois milhões de anos atrás, usando um corredor que levava à Eurásia."As implicações, não apenas para este local, mas para a Geórgia e a história de humanos deixando a África há 1,8 milhão de anos são enormes", disse Peart à Reuters.
Isso solidifica a Geórgia como um lugar realmente importante para a paleoantropologia e a história humana em geral", prosseguiu.
Os fósseis de Homo mais antigos em qualquer lugar do mundo datam de cerca de 2,8 milhões de anos atrás — uma mandíbula parcial descoberta na Etiópia moderna.