Caso o fundador do WikiLeaks seja condenado pelas acusações feitas pelos Estados Unidos, ele pode ficar 175 anos na prisão
Nesta quarta-feira, dia 06, os advogados de Julian Assange pediram pela liberdade sob fiança do jornalista, que foi acusado de espionagem. A exigência foi feita dois dias depois que a justiça britânica negou a extradição do réu para os Estados Unidos.
Em meados de 2010, o australiano fundador do WikiLeaks publicou quase 700 mil documentos sigilosos da força militar dos Estados Unidos, segundo o UOL. Pelo vazamento dos arquivos, os EUA fizeram 17 diferentes acusações contra Assange.
Agora, preso na penitenciária de Belmarsh, o jornalista espera pelo julgamento que deve discutir sua liberdade. Segundo a promotoria do caso, entretanto, a libertação por fiança não pode acontecer, já que Assange teria "recursos" para fugir do país — como o asilo político oferecido pelo presidente do México na segunda-feira, dia 04.
Julian Assange está preso desde abril de 2019, quando foi capturado na embaixada do Equador em Londres, onde manteve-se refugiado desde 2012. Na época, ele teria violado outra liberdade sob fiança enquanto esperava por um pedido de extradição para a Suécia, país que o investigava por um suposto estupro (acusação que foi arquivada).