Como medida de acessibilidade em meio à atual pandemia, o Ministério de Antiguidades do país divulgou modelos online para visitas virtuais de sítios dos períodos Antigo e Islâmico
O governo do Egito, em um projeto audacioso do Ministério de Antiguidades, vem lançado digitalizações de monumentos históricos importantes para visitas virtuais. Os modelos digitais estão sendo divulgados na página oficial da instituição, assim como nas mídias sociais como o Facebook e o Twitter, sob orientação do ministro Khaled al-Ananni.
O projeto faz parte das iniciativas do governo e do Ministério de possibilitar o acesso de cientistas e amadores a importantes sítios do Egito antigo e do Período Islâmico durante essa pandemia do novo coronavírus. Diariamente, novas visitas são possíveis. Até agora foram lançados cinco localidades.
A primeira delas foi o terceiro cemitério da Rainha Marsh-Ankh, neta de Queops e filha da rainha Heteferés II. Membros da Quarta Dinastia, o local chama atenção principalmente pelos artefatos funerários. Depois, foi divulgada a digitalização do Cemitério de Menna, na antiga capital Luxor, onde foram enterrados membros da Décima Oitava Dinastia, a mesma de Tutancâmon. É possível ver famosos murais com hieróglifos.
Do período islâmico, foram lançadas visitas ao público um complexo arqueológico do século 12 construído pelo Sultão Barquq, onde se localizam uma mesquita, uma escola (madrasa) e uma khanaqah (espaço de reuniões religiosas). Do século 4, o famoso Mosteiro Vermelho de Sohag também virou atração virtual. Por último, veio ao ar o Templo de Ibn Ezra, um espaço inter-religioso onde se diz ter sido encontrado o bebê Moisés na antiguidade.
O Ministério prometeu divulgar na noite de hoje, 8, o complexo arqueológico de Bani Hassan, uma tumba esculpida na montanha na cidade de Manyia, com sepultamentos da Sexta (Reino Antigo) e da Décima Segunda (Reino Médio) Dinastias do Egito Antigo.