Estudo revela que local escolhido pelos vikings para o sepultamento de crianças não era nada convencional
Marianne Hem Eriksen, arqueóloga da Universidade de Oslo, analisou junto com sua equipe, mais de 40 crânios fossilizados. Os artefatos localizados na Escandinávia datam a época da Idade do Ferro. Os fósseis correspondem ao fim da Era Viking, segundo informações da rede de televisão NRK.
Durante essa pesquisa, fatos intrigantes vieram à tona, evidência de alguns rituais macabros feitos na Era Viking com crianças. Pedaços de caveiras e cadáveres de bebês foram encontrados enterrados embaixo de portas e pisos das próprias residências vikings.
“Se você for a fontes escritas na Escandinávia e no norte da Europa, verá que matar crianças não era incomum na época e, até certo ponto, socialmente aceito”, diz a arqueóloga.
Segundo a pesquisadora, isso acontecia porque esses povos cultivaram a tradição de manter os bebês que morriam por perto: "Partes de corpos às vezes eram colocadas em torno de fazendas e dentro das casas. Isso pode não ter sido por acaso [...] deve ter sido importante para eles terem seus mortos por perto. Obviamente tinha algum sentido.", afirmou Eriksen.
A partir desse estudo, algumas teorias antigas de rituais vikings citados pela literatura foram questionados. Por exemplo, o pressuposto de que o corpo desses povos eram queimados e colocados em barcos, ou, enterrados em túmulos tradicionais junto com seus itens mais valiosos.
Para os pesquisadores, na era vikings, os crânios tinham um valor especial e poderiam ser reconhecidos com uma espécie de amuleto e por isso, eram mantidos por perto.