Pesquisadores localizaram uma amostra do SARS-CoV-2 em um vison
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos divulgou um comunicado anunciando o primeiro registro do vírus SARS-CoV-2, popularmente conhecido como novo coronavírus, em um animal selvagem, durante a última segunda-feira, 14.
Trata-se de um vison, usado em fazendas de peles estadunidenses para a extração e produção de vestimentas e acessórios.
Em meio aos milhares de casos de covid-19 em visons confinados em fazendas, uma confecção no estado de Utah, próximo de uma área de reserva ambiental, acredita-se que tenha sido o ponto de partida para um dos animais internos ter interagido com o vison selvagem — posteriormente recolhido pela agência local de vigilância da vida selvagem.
Outros animais pertencentes à fauna da floresta regional tiveram amostras coletadas pela vigilância, buscando saber se o vison infectado teve contato com os outros animais selvagens e se a transmissão ocorreu. Contudo, todas as espécies tiveram o resultado negativo, concluindo que o vírus não se espalhou.
Em outras partes do mundo, a descoberta de uma possível mutação ainda mais violenta do novo coronavírus fez com que a criação de visons fosse proibida, como ocorre na Itália até fevereiro de 2021.
Na Dinamarca
Através de um anúncio oficial, a Dinamarca informou no começo de novembro que sacrificaria 17 milhões de visons, esses animais são parecidos com doninhas e a criação é comum em fazendas para a fabricação de peças de roupa.
As autoridades dinamarquesas afirmam que uma mutação do vírus Sars-CoV-2, nos animais, já infectou 12 pessoas no país, a mutação ameaça a eficácia de uma futura vacina para humanos contra o novo coronavírus e afeta os atuais projetos.
"O vírus que sofreu mutação através dos visons poderia representar um risco de que futuras vacinas não funcionem como deveriam. É preciso sacrificar todos os visons", afirmou a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen.
Contudo, sabe-se que a mutação viral é comum, mas, não é possível determinar as consequências que elas trariam, afirmam cientistas. “Continuar com a criação destes visons suporia um risco muito elevado para a saúde pública, tanto na Dinamarca quanto no exterior", disse Kaare Molbak, encarregado da Autoridade Dinamarquesa de Controle de Doenças Infecciosas (SSI).