Análise encabeçada por entusiasta de OVNIs reascende polêmica em torno dos supostos ‘extraterrestres’ apresentados pelo Congresso mexicano
Os supostos 'corpos de extraterrestres' apresentados pelo Congresso mexicano viraram alvo de debate — e de certa chacota — nas últimas semanas. No entanto, uma análise mais aprofundada revelou que o DNA dos pequenos cadáveres não são humanos, mas de uma "espécie desconhecida".
Nos últimos dois meses, as audiências no país se tornaram algo mais parecido com um circo, onde o entusiasta de OVNIs e jornalista Jaime Maussan tenta provar que os restos mumificados encontrados no Peru são vida extraterrestre.
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Para isso, mais recentemente, Maussan convocou uma equipe de pesquisadores para realizar uma análise de DNA nos restos mortais. Os testes apontaram 30% do material genético "não são de nenhuma espécie conhecida". Jaime ainda afirmou que os números eram "autênticos" e compreendiam um único esqueleto. Os outros 70% não foram revelados.
Conforme revelado pelo Daily Mail, um especialista em OVNIs que manuseou os corpos sugeriu que eles foram 'unidos' pelos humanos — o par poderia ter sido moldado com animais de 1.000 anos atrás; que agora estão extintos.
"Esta é a primeira vez que a vida extraterrestre é apresentada desta forma", disse Maussan ao Congresso em audiência passada. "Temos um exemplo claro de espécimes não humanos sem relação com nenhuma espécie conhecida em nosso planeta".
O público tem o direito de saber sobre tecnologias e seres não humanos. Esta realidade une a humanidade em vez de nos dividir. Não estamos sozinhos neste vasto universo; devemos abraçar esta verdade", prosseguiu.
Ainda em setembro, Maussan revelou que 30% do DNA dos corpos era desconhecido, mas só nos últimos dias ele apontou que seriam de uma "espécie desconhecida". "Se são alienígenas ou não, não sabemos, mas eram inteligentes e viviam conosco. Eles deveriam reescrever a história".
No início de novembro, Jaime Maussan reuniu médicos para analisarem os supostos 'corpos de extraterrestres'; alguns apontaram que os restos seriam de organismos reais que já viveram num passado — alguns especialistas afirmaram ter estudado 'cinco espécimes semelhantes ao longo de quatro anos’.
Os especialistas também indicaram que seu DNA é híbrido, sugerindo que os corpos eram descendentes do ser humano. "Temos um ser híbrido, temos outros seres que aparentemente são mais evoluídos que nós… Estamos diante de algo verdadeiramente extraordinário", alegou.
Enquanto Maussan e sua equipe declararam que os cadáveres mumificados, chamados Clara e Mauricio, "são reais", os especialistas não tinham uma história para sua origem e não insinuaram que os corpos eram "extraterrestres".
Na audiência, ele se concentrou em provar que os corpos não eram falsos, fornecendo informações de especialistas médicos. "Nenhum dos cientistas diz que [os resultados do estudo] provam que são extraterrestres, mas vou mais longe", disse, sugerindo que eles poderiam ser evidências de formas de vida não-terrenas.
Para apoiar sua visão, Maussan formou um esquadrão de médicos especialistas que carregavam uma carta assinada por 11 pesquisadores da Universidade Nacional San Luis Gonzaga, em Ica, Peru, declarando o mesmo.
Na última terça-feira, 26, o antropólogo Roger Zuniga, da Universidade Nacional San Luis Gonzaga, afirmou que "não houve absolutamente nenhuma intervenção humana na formação física e biológica desses seres". Mas deixou claro que a equipe não estava insinuando que eles seriam "extraterrestres".
O cirurgião argentino Celestino Adolfo Piotto também se pronunciou, alegando que revisou os resultados dos testes feitos nos corpos e apresentou o caso bizarro de que "eles eram uma versão evoluída dos seres humanos de hoje".
Por fim, o ufólogo Will Galison — amigo próximo do arqueólogo que primeiro analisou os supostos 'extraterrestres' — disse acreditar que os 'cadáveres' são manequins com 1.000 anos de idade.
Eles seriam feitos de restos de animais que viveram há milênios. Os corpos poderiam ter sido feitos, possivelmente, para fins ritualísticos, com suas cabeças apresentando uma "notável semelhança" com crânios de alpaca.