Segundo a mídia local, os supostos restos mortais do homem estavam ao lado de outros dois cadáveres na cidade de Palmira
Em agosto de 2015, o arqueólogo Khaled al-Asaad, de 82 anos, foi executado por militantes do Estado Islâmico. Agora, autoridades sírias acreditam ter encontrado o corpo do homem, que morreu defendendo sua profissão, segundo a BBC.
Foi em Kahloul, ao leste de Palmira, que as autoridades identificaram três diferentes corpos, sendo que um deles pode pertencer a Khaled, de acordo com a mídia local. Por isso, testes de DNA serão realizados para verificar as identidades dos cadáveres.
O corpo do homem desapareceu em 2015, quando tudo começou. Na época, Khaled, três de seus filhos e um genro estavam na cidade de Palmira, cuidando dos artefatos encontrados no sítio arqueológico da região. De repente, a equipe ficou sabendo que o Estado Islâmico estava se aproximando rapidamente do local.
Tendo dedicado 50 anos de sua vida para a exploração da cidade, o idoso sabia que os soldados estariam em busca dos achados arqueológicos. Assim, ele ficou no lugar, enquanto seus parentes fugiam para a capital com centenas de artefatos valiosos.
"Sou de Palmira", ele explicou aos filhos, "e ficarei aqui mesmo que me matem". Uma vez preso pelo Estado Islâmico, Khaled foi interrogado sobre o destino das peças e, quando se recusou a cooperar, foi executado em praça pública, na cidade de Tadmor.
Naquela época, a então diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, afirmou que Asaad havia sido morto "porque não traira seu compromisso com Palmira". Anos se passaram e, agora, o mistério do paradeiro do arqueólogo pode finalmente chegar ao fim.