Cantora que faleceu nos anos 80 recentemente surgiu ao lado da filha, Maria Rita, em propaganda
O processo que havia sido iniciado em julho para avaliar se uma campanha da Volkswagen violou o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária foi arquivado pelo comitê de ética do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) na última terça-feira, 22.
A campanha em questão foi lançada em 4 de julho e utilizou inteligência artificial para criar um vídeo comemorativo dos 70 anos da empresa no Brasil.
Segundo o portal de notícias G1, o material em questão simulou um dueto entre Elis Regina, que faleceu há 41 anos, e sua filha Maria Rita, empregando a técnica conhecida como "deepfake", que combina imagens de forma realista.
O Conar explicou que a decisão foi influenciada pelas opiniões divergentes de consumidores em relação a dois aspectos principais da campanha: se o uso da imagem da cantora Elis Regina foi ético e respeitoso, dado o seu falecimento em 1982; e também se era necessário divulgar explicitamente o uso da técnica "deepfake" na propaganda.
No fim, o Conar considerou que a ação foi respeitosa em relação à figura da artista, uma vez que o uso de sua imagem contou com a aprovação dos herdeiros e retratou uma atividade condizente com sua vida.
Além disso, o órgão examinou diversas orientações de boas práticas referentes ao assunto dos deepfakes, levando em conta também a ausência de regulamentações específicas vigentes. Como resultado, a maioria dos membros do conselho votou pela suspensão da denúncia.