Veste, que pode conter resquícios de sangue do monarca, fará parte de uma mostra que também exibirá outras peças da execução do monarca, como luvas, uma faixa, fragmentos de uma capa e um lenço
O colete de seda que foi usado pelo rei Carlos I no dia em que ele foi executado, em 30 de janeiro de 1649, será exibido, em breve, ao público londrino. Isso porque, o Museu de Londres informou que a peça fará parte de uma nova exposição que será inaugurada em outubro.
Após a decapitação — que ocorreu do lado de fora da Casa de Banquetes, em Whitehall — o monarca teve seu corpo despido e suas roupas doadas ao público que acompanhavam a cerimônia.
O colete, que é tricotado em uma fina seda azul-esverdeada de alta qualidade, foi adquirida pelo Museu de Londres em 1925, junto com uma carta de autenticação. Além da beleza, a peça também chama a atenção pelas manchas presentes na parte da frente da veste. No entanto, pela fragilidade da peça, não foi possível fazer testes conclusivos para saber se os resquícios são realmente de sangue, ou de outros fluidos, como vômito ou suor.
A vestimenta de Carlos I é descrita como um dos “objetos mais raros e intrigantes do museu”, segundo declarou a equipe de curadoria. Além do colete, a exposição também exibirá outras peças da execução do monarca, como as luvas, uma faixa, fragmentos de uma capa e um lenço.
“Ser capaz de incluir este colete incrivelmente raro em uma grande exposição é emocionante, pois é fundamental para contar a história de uma das execuções mais infames que ocorreram na capital”, declarou o curador Meriel Jeater ao Daily Mail. “No entanto, é importante lembrar que as execuções públicas não foram reservadas apenas para as figuras ilustres. Mas que milhares de londrinos comuns foram condenados à morte por muitos tipos de crimes — desde os mais graves, até aqueles que consideraríamos menores hoje”.
Sobre a mostra, ele declarou que “a exposição abrange quase 700 anos, época em que as execuções públicas eram mais frequentes em Londres do que qualquer outra cidade, atraindo multidões várias vezes ao ano em diversos pontos da capital”.