Nos últimos dias, Defesa Civil de Maceió alertou sobre colapso iminente da mina 18 da Braskem; pesquisadores, porém, já falam de riscos há décadas
Na última quarta-feira, 29, 23 residências que ficam próximas ao bairro de Mutange, em Maceió, no Alagoas, foram desocupadas. No dia seguinte, a Defesa Civil emitiu um alerta máximo sobre o risco iminente de colapso da mina 18 da Braskem para as 6 horas de hoje, 1.
Embora até o início deste tarde nada tenha acontecido, a recomendação do órgão é que a população não transite pela área desocupada. A Defesa Civil ainda relatou que a área ao redor da mina 18 está afundando em uma velocidade de 2,6 centímetros por hora — com um deslocamento vertical acumulado de 1,42 metros.
Segundo relatado pelo UOL, o pior cenário imaginado pela Defesa Civil é que o colapso possa resultar em uma cratera de 152 metros de raio — o que atingiria a Lagoa Mundaú. Entretanto, o órgão ressaltou que nenhum efeito ambiental deve ser sentido de imediato.
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Em novembro, a região enfrentou cerca de cinco abalos sísmicos devido ao colapso da mina 18 da Braskem — uma área de cavernas abertas que serviram para a extração de sal-gema durante décadas. Desde os anos 1980, pesquisadores oriundos da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) já chamavam atenção para o risco de colapso do solo na capital alagoana.