A mulher de 66 anos marcava as vítimas com ferro; entenda o caso
Nancy Salzman, de 66 anos, foi cofundadora da seita Nxivm, que, disfarçada de programas para autoajuda, foi reduto de abuso sexual, violência e marcação a ferro no corpo de mulheres. Agora, Nancy foi condenada a mais de três anos de prisão por participar de cultos sexuais, segundo a BBC News.
Em 2019, ela já havia confessado sua participação em crimes de extorsão. Salzman deverá se entregar em janeiro de 2022, pois há um procedimento médico que precisa ser recuperado.
No final do ano passado, o líder da Nxivm, Keith Raniere, foi condenado a 120 anos de prisão por crimes de tráfico sexual, pornografia infantil, extorsão, entre outros.
Criada em 1998, a seita diz ter trabalhado com 16 mil pessoas em centros nos EUA, Canadá e México. Com alguns membros conhecidos, como a atriz da série Smallville, Allison Mack, os investigadores definem como uma operação de tráfico sexual disfarçada de organização humanitária.
Na quarta-feira, Salzman afirmou, em um tribunal federal no Brooklyn, que estava "horrorizada e envergonhada" por ter apoiado o líder do culto. Os advogados relatam que ela agora reconhece "todo o peso de seus erros enquanto serviu como colaboradora e facilitadora de Keith Raniere". O juiz federal Nicholas Garaufis afirmou que ela gerou "trauma e destruição" às vítimas.
A procuradora-assistente Tanya Hajjar disse que Salzman "menosprezou e humilhou as mulheres e culpou as vítimas de abuso", em documento anexado ao processo. "Você nunca refutou [Raniere]. A porta estava sempre aberta, mas você nunca saiu", afirmou o juiz, de acordo com o jornal New York Daily News.
A filha de Nancy, Lauren, também era parte do patamar de comando da seita. Ela teria sido condenada a até sete anos de prisão, mas em julho recebeu cinco anos de liberdade condicional por ajudar os promotores a derrubar o líder da Nxivm.