Estudo teoriza que civilização em crescimento exponencial tem apenas poucos anos prosperando até se autodestruir; entenda!
"Se não existe vida fora da Terra, então o universo é um grande desperdício de espaço". A frase de Carl Sagan reflete sobre um assunto que já foi constantemente abordado em estudos, filmes, livros e também diversas obras de ficção. Até então, porém, ainda não temos evidências da existência de vida fora de nosso planeta.
Segundo uma nova pesquisa, publicada no servidor de pré-prints arXiv (ou seja, ainda carece de revisão de dados), caso exista uma civilização extraterrestre que passou por um rápido consumo de tecnologia, a estimativa é que sua autodestruição se tornasse seu destino natural.
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Conforme repercute a CNN Brasil, os pesquisadores apontam que a hipótese sobre as civilizações extraterrestres se assemelha com o comportamento humano — que já esgota os recursos limitados e cada vez mais dá passos largos para uma crise climática irreversível.
De acordo com o estudo, o crescimento tecnológico exponencial de uma suposta civilização fora da Terra poderia causar sua extinção em apenas mil anos.
O raciocínio se deu a partir de uma reflexão sobre os problemas enfrentados em nosso planeta, principalmente no que diz a respeito do consumo de energia de nossa sociedade — que aumentou de forma considerável desde que o uso de energia elétrica se tornou popular em meados do século 19.
Dessa forma, conforme a civilização humana foi se desenvolvendo, suas necessidades também aumentaram.
Assim, o artigo aponta que o mesmo poderia acontecer com uma sociedade fora da Terra em apenas um milênio. Afinal, por mais que o consumo de eletricidade seja originário de fontes renováveis, seu consumo excessivo causaria o superaquecimento do planeta, seja a Terra ou qualquer outro.
No entanto, caso o crescimento contínuo de demanda energética se torne sustentável ainda assim, a longo prazo, os pesquisadores disseram que uma civilização poderia prosperar por mais de 1 bilhão de anos.
Independentemente de essas fontes de energia serem de origem estelar ou planetária (por exemplo, nuclear, combustíveis fósseis), demonstramos que a perda de condições habitáveis em planetas terrestres pode ocorrer em uma escala de tempo de até mil anos, contados a partir do início da fase exponencial", aponta o pré-artigo.
Por fim, os pesquisadores dizem que isso pode explicar a dificuldade de encontrarmos vida inteligente fora da Terra, pelo fato do período de mil anos ser apenas um "piscar de olhos" na escala de tempo do universo.