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Notícias / Ciência

Cientistas produzem ‘bateria eterna’ feita de diamante com vida útil de 5.700 anos

"Bateria eterna" feita de carbono-14 encapsulado em diamante promete substituir as tradicionais baterias de íons de lítio; entenda!

Redação Publicado em 07/12/2024, às 11h10

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Registro de amostra de bateria de diamante - Divulgação/Universidade de Bristol
Registro de amostra de bateria de diamante - Divulgação/Universidade de Bristol

Cientistas da Universidade de Bristol e da Autoridade de Energia Atômica do Reino Unido (UKAEA) anunciaram o desenvolvimento de uma "bateria eterna" feita de carbono-14 encapsulado em diamante, que promete substituir as tradicionais baterias de íons de lítio, oferecendo uma vida útil extraordinária de até 5.700 anos.

Segundo comunicado publicado pela universidade, a inovação está centrada no uso da decomposição radioativa do carbono-14, um isótopo com uma meia-vida longa, para gerar pequenas quantidades de energia de maneira contínua e segura.

O carbono-14, que normalmente seria instável e radioativo, é encapsulado em diamante, um material extremamente estável e resistente a mudanças químicas ou físicas. Essa estrutura permite que a bateria seja durável, sem sofrer degradação ou interação com o ambiente externo, repercute o jornal O Globo. 

'Revolucionário'

Além de ser segura e sustentável, a bateria de diamante tem um potencial revolucionário em diversas áreas, como dispositivos médicos, tecnologias espaciais e sistemas de segurança.

Um dos usos mais destacados é em marcapassos, onde a bateria poderia eliminar a necessidade de substituições frequentes, aumentando a segurança e a qualidade de vida dos pacientes ao reduzir os riscos e custos de procedimentos invasivos de troca de bateria. 

A tecnologia também tem grandes perspectivas para a exploração espacial. Em missões no espaço, as condições extremas exigem fontes de energia eficientes e de longa duração. Segundo os cientistas, as baterias de diamante poderiam alimentar sistemas e instrumentos em satélites e naves espaciais por períodos prolongados, sem necessidade de manutenção ou reposição, uma grande vantagem para missões de longa duração.

“Nossa tecnologia de microenergia pode suportar uma ampla gama de aplicações importantes, desde tecnologias espaciais e dispositivos de segurança até implantes médicos. Estamos animados para poder explorar todas essas possibilidades, trabalhando com parceiros na indústria e pesquisa, nos próximos anos”, ressaltou o professor Tom Scott, da Universidade de Bristol, em nota.