Os pesquisadores observaram em laboratório à medida que o animal desenvolvia um novo corpo
Um estudo recente publicado na revista Current Biology anuncia a descoberta de que mais de uma espécie de lesma marinha é capaz de se regenerar completamente após ter sua cabeça separada do corpo.
Basta um dia para o ferimento se fechar, e mais um mês para que um novo corpo cresça, com o processo sendo particularmente rápido nos espécimes mais jovens, segundo repercutiu o Science.org.
Essa impressionante capacidade regenerativa surpreendeu os cientistas, sendo esse o primeiro registro já feito de moluscos demonstrando essa habilidade. Até então, a ocorrência tinha sido observada apenas em organismos de menor complexidade, como vermes achatados (do filo dos platelmintos).
Outro detalhe surpreendente é que as lesmas estudadas pelos cientistas haviam cortado suas próprias cabeças— ação conhecida como autotomia.
A razão para o recurso extremo ainda não foi determinada com certeza, mas a hipótese dos pesquisadores é que os espécimes que perderam a cabeça o fizeram para fugir de parasitas, uma vez que seus corpos estavam infectados com outros seres.
A recém-descoberta capacidade de certas lesmas marinhas de sobreviver por quase um mês sem órgãos vitais é, no momento, um enigma para a biologia, de forma que serão necessárias mais pesquisas para podermos entender melhor o fenômeno.
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