Emily Bridges, de 21 anos, veio a público manifestar sua indignação; entenda o caso
Emily Bridges, ciclista transgênero, de 21 anos de idade, afirma ter sido “molestada e demonizada” após descobrir que não poderia disputar o Campeonato Nacional Omnium do Reino Unido, na categoria feminina.
Emily diz que forneceu as evidências médicas necessárias para poder estrear na modalidade feminina do esporte — uma competição de pista, com várias provas combinadas. A atleta afirma que não entendeu com clareza os motivos pelos quais foi barrada da disputa.
Bridges ainda alega ter passado seis meses em contato com a Federação Britânica de Ciclismo e com a União Ciclista Internacional (UCI - órgão regulador do esporte), para entender quais são os critérios de elegibilidade.
Nesses regulamentos, há a exigência que as competidoras tenham cinco nanomols por litro por um período de 12 meses antes da competição, e sobre isso, ela afirma atender ao exigido: "até porque meu nível de testosterona tem estado muito abaixo do limite estabelecido pelas normas nos últimos 12 meses".
"Ninguém deveria ter que escolher entre ser quem é e praticar o esporte do seu coração", afirmou a ciclista, em uma postagem no Twitter.
Mas, a UCI informou à Federação Britânica que, como os campeonatos nacionais são utilizados para atribuir pontos ao ranking internacional, a participação de Bridges poderia ser permitida somente se sua elegibilidade para competições internacionais fosse confirmada - e este processo ainda está em andamento.
Por isso, a Federação Britânica declarou no final de março ter sido informada pela UCI que "com base nas suas orientações atuais, Emily não está autorizada a participar" do evento.