Durante a Guerra Fria, a agência não investiu apenas em humanos; documentos revelam que os animais tiveram um papel insólito durante o conflito
Documentos desclassificados pela CIA recentemente revelam novos episódios bizarros da Guerra Fria. Durante o conflito que deixou o mundo em alerta, a agência de inteligência dos Estados Unidos treinou pombos para espiar a antiga União Soviética.
Na época, a CIA acreditava que os bichos conseguiriam cumprir tarefas excepcionais durante missões clandestinas. Na Operação Tacana, pombos foram treinados com o auxílio de pequenas câmeras para tirar fotos de locais estratégicos dentro da União Soviética.
Em outros momentos, corvos foram usados para jogar dispositivos de escuta em janelas e um específico até foi usado para recuperar e entregar objetos. Além disso, a CIA também cogitou treinar aves migratórias para identificar supostos testes de armas químicas pela antiga URSS.
Os pássaros viraram alvo das missões pelo fato deles possuírem a capacidade de encontrar o caminho de volta, sendo uma vantagem para a agência. Mas não foram somente estes animais.
Arquivos revelam que cães foram testados com estimulantes elétricos - que orientariam os animais de forma remota -, dispositivos de escuta foram implantados dentro de gatos e golfinhos foram envolvidos em missões subaquáticas perigosas.
Para se ter ideia, em 1967, a CIA gastou mais de US$ 600 mil em programas que envolviam o treinamento de animais. Oxygas para o teste de golfinhos, Axiolite envolvendo pássaros e Kechel para cães e gatos.