Um vídeo repercutido nas redes sociais mostra partes do foguete caindo sobre a vila de Xianqiao, assustando os moradores
Publicado em 25/06/2024, às 14h16
No último sábado, 22, parte de um foguete chinês caiu sobre uma vila no sudoeste da China, resultando em uma nuvem de fumaça laranja devido à hidrazina, um combustível tóxico utilizado pelo foguete Long March 2C.
Conforme repercutido pela Folha de Pernambuco, vídeos que circulam nas redes sociais mostram moradores fugindo de uma possível explosão.
Logo após o lançamento do satélite pace Variable Objects Monitor, imagens surgiram na web. Este poderoso satélite, desenvolvido por China e França, pretende estudar as explosões mais distantes de estrelas, conhecidas como explosões de raios gama.
O satélite de 930 quilos está equipado com quatro instrumentos (dois chineses e dois franceses). Ele foi lançado a partir da base espacial de Xichang, localizada na província de Sichuan, sudoeste da China.
#China dropped another booster stage full of hypergolics on a local village. Debris from a Long March 2C rocket that fell on a village in China today.
— Asgard Intel • WW3.INFO (@AsgardIntel) June 23, 2024
They give literally a shit on his own people's safety. pic.twitter.com/WI6MsS36cT
É importante ressaltar que a maioria das agências espaciais abandonou o uso da hidrazina como combustível para veículos de lançamento. Segundo o site ArsTechnica, o último grande foguete dos Estados Unidos a utilizar essa substância foi o Delta II da United Launch Alliance, aposentado em 2018.
O satélite foi posicionado em órbita terrestre a uma altitude de 625 quilômetros e enviará seus dados cruciais para observatórios na Terra. Quando o Svom detectar uma explosão, ele enviará um alerta para uma equipe de prontidão disponível 24 horas por dia. Eles terão menos de cinco minutos para direcionar uma rede de telescópios terrestres, alinhando-os com a fonte da explosão para observações mais detalhadas.
Em 2018, a França e a China colaboraram no lançamento do CFOSAT, um satélite oceanográfico usado principalmente para meteorologia marinha. Essas cooperações espaciais são raras, especialmente desde que Washington proibiu a NASA de colaborar com Pequim no espaço em 2011.