O conflito entre Rússia e Ucrânia já chega a nove meses de duração
Redação Publicado em 07/12/2022, às 14h27
Jens Stoltenberg, chefe da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) considera a Rússia culpada por não haver chance de negociação com a Ucrânia. O jornal britânico Financial Times informou que ele pediu para que os países membros da aliança continuem fornecendo armas à Ucrânia, já que a Rússia estaria se preparando para um ataque durante a primavera.
Segundo Stoltenberg, a solução pacífica para o fim do conflito entre os dois países “não está lá agora”. "As condições [para negociações] não existem agora porque a Rússia não deu sinais de colaborar em negociações que respeitem a soberania e a integridade territorial da Ucrânia".
O presidente americano, Joe Biden, disse na última semana que estava à disposição para falar com Putin, a fim de conseguir alguma forma de encerrar a guerra. Seguindo a mesma linha, Olaf Scholz, chanceler alemão, disse ao presidente russo para "chegar o mais rápido possível a uma solução diplomática, incluindo a retirada das tropas russas".
O chefe da Otan ainda relatou que a Rússia estava querendo travar a guerra e também se preparar para, no começo de 2023, realizar uma nova ofensiva.
O que vemos agora é que a Rússia está realmente tentando algum tipo de congelamento desta guerra, pelo menos por um curto período de tempo, para que possam se reagrupar, reparar e se recuperar e tentar lançar uma ofensiva maior na próxima primavera".
Para justificar o pedido do envio de armamento, em meio a possíveis negociações de paz, Jens disse que "o paradoxo é que quanto mais queremos uma solução pacífica e negociada, garantindo que a Ucrânia prevaleça, mais urgente é fornecer apoio militar à Ucrânia".
