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Notícias / Política

Chanceler palestino critica Israel por declarar Lula persona non grata: 'Estupidez'

Riyad Al Maliki, ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestiniana, criticou decisão de Benjamin Netanyahu de declarar Lula "persona non grata", e apoia o brasileiro

Éric Moreira Publicado em 27/02/2024, às 11h47

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Riyad Al Maliki - Getty Images
Riyad Al Maliki - Getty Images

Na última semana, o presidente Lula se tornou assunto internacionalmente depois de, durante uma entrevista, comparar os ataques realizados por Israel em Gaza com o genocídio feito pela Alemanha Nazista durante o Holocausto. Após isso, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou Lula como "persona non grata", ou seja, não é bem-vindo no país.

Em entrevista exclusiva ao UOL, o porta-voz do governo e atual ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestiniana, Riyad Al Maliki, qualificou recentemente a medida de Israel de colocar Lula como persona non grata como sendo uma "estupidez" e um "ato de imaturidade política".

Um dos principais nomes da política e diplomacia palestina — principalmente depois do início do conflito entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023 —, Maliki é um dos mais importantes membros do Fatah, grupo político palestino sem relação com o Hamas, que controla a Cisjordânia. Ele afirma que a decisão de Israel contra Lula "mostra estupidez, mostra falta de visão, mostra imaturidade política e falta de sabedoria."

Além disso, ele também defende que a atitude de Netanyahu revela, na verdade, "com quem estamos lidando". "Estamos lidando um bando de indivíduos imaturos, que não respeitam direito internacional."

Vale mencionar que, em outra ocasião, o governo israelense teria também criticado o atual secretário-geral da ONU, António Guterres, pedindo sua demissão depois de ele ter mencionado que os ataques do Hamas "não ocorreram no vácuo", ou seja, não foram feitos sem motivação, embora também sejam condenáveis.

Lula deveria considerar a declaração [de persona non grata] como uma elogio, quando vem dos israelenses", afirma Maliki.

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O presidente brasileiro Lula, e o primeiro-ministro Israelense Benjamin Netanyahu / Crédito: Getty Images

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Ainda durante a entrevista, Maliki destaca a "coragem" de Lula por não só afirmar que Israel realizava um genocídio em Gaza, como também por repetir a acusação dias após ser criticado por Israel. "Não se pode virar as costas diante do sofrimento dos outros. Sofrimento humano é sofrimento humano. Ele sabe disso e vemos isso em suas declarações."

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Em sequência, quando questionado sobre a referência de Lula, em que compara os feitos brutais e condenáveis da Alemanha Nazista com os ataques de Israel, Maliki menciona que há, sim, uma comparação no que se refere a uma "magnitude do sofrimento":

O que ocorreu em 1939, não estávamos lá para prevenir. Agora, estamos no poder e precisamos fazer o possível para que evitar algo similar ocorra. Não importa se é uma vida brasileira, israelense e ou palestina. O importante é se levantar pela humanidade", conclui.