Os pesquisadores afirmam, porém, que a bebida pode ter sido prejudicial à saúde dos consumidores devido a um tóxico ingrediente
Mais de 600 garrafas de cerveja, que datam de por volta de 1880, foram encontradas na área da adega do Castelo Scarborough, na cidade de Leeds, na Inglaterra. A descoberta foi feita por pesquisadores da organização Archaeological Services WYAS que, ao investigar o local, observaram os peculiares objetos em baixo de uma escada.
O mais interessante é que muitas das garrafas ainda continham o líquido fabricado no século 19. Antes de realizar a análise, os cientistas sugeriram a hipótese de que a bebida era cerveja de gengibre. O estudo revelou, no entanto, que os frascos possuíam álcool e — surpreendentemente — uma elevada porcentagem de chumbo.
Em um comunicado publicado no Facebook da organização, os responsáveis escreveram que "esta cerveja teria sido prejudicial à saúde dos consumidores". Os dados do estudo informam que líquido tem 3% de álcool e 0,13 miligramas de chumbo por litro, o que pode ter causado danos a quem o ingerisse.
As jarras ainda possuíam o rótulo de "JE Richardson of Leeds", mas o arqueólogo David Williams acredita que elas tenham vindo de diversos fabricantes de cerveja da região. Para responder sobre a questão da contaminação, os pesquisadores levantam a hipótese de que a água usada para a fabricação possa ter sido contaminada pela tubulação de chumbo.
"Esta escavação está nos dando uma grande oportunidade de descobrir uma parte do Leeds georgiano e vitoriano. Os resultados até agora estão dando uma visão real do cotidiano dos ex-residentes de Leeds durante esse período", explicou Williams.