No túmulo encontrado pelos arqueólogos havia uma variedade de bens funerários
No Cazaquistão, no começo de agosto, alguns bens funerários, o que inclui ossos de animais que podem ter sido usados para fins cerimoniais e a escultura de um sapo em um disco de bronze, foram encontrados em um túmulo desenterrado de uma garota da Idade do Bronze. Localizado em Ainabulak, o local era alvo dos investigadores desde o ano de 2017.
Desde aquele ano, os investigadores encontraram, datados da Idade do Bronze, mais de 100 túmulos, conforme o The Astana Times. Além disso, pouco se sabe sobre a identidade da jovem que teve seu túmulo desenterrado recentemente, porém, a quantidade de itens em seu enterro, pode ser um indicador do papel que ela ocupava na sociedade daquela época.
O esqueleto foi datado por meio de radiocarbono, e revelou que a garota tinha idade entre 12 e 15 anos quando morreu. Quanto a posição que foi enterrada, de acordo com Rinat Zhumatayev, arqueólogo que liderou a escavação e dirige o Departamento de Arqueologia, Etnologia e Museologia da Universidade Nacional Al-Farabi Kazakh, no Cazaquistão, comentou por e-mail ao Live Science que a menina foi "enterrada sobre o lado esquerdo, curvada".
"Havia pequenos brincos de arame em ambas as orelhas e contas em volta do pescoço", completou Rinat sobre o esqueleto.
Com relação ao disco de bronze com a imagem do sapo, o arqueólogo comentou: “A imagem do sapo tem significados diferentes entre muitos povos desde a antiguidade”, e continuou:
Está associado à imagem da mulher em trabalho de parto e ao culto à água… mas requer mais estudos [para determinar o seu verdadeiro significado].”
Além disso, sobre as descobertas, Rinat diz que todas "têm um importante significado histórico e cultural para o estudo dos primeiros estágios da Idade do Bronze”.
Cientistas acreditam ainda que, os 180 ossos de tornozelos de animais enterrados com a jovem, podiam integrar parte de uma “prática de culto”, e que os mesmos eram usados durante a meditação. Porém, outros acreditam que eles eram “símbolos de bem-estar” e “boa sorte” que serviram como um “desejo de uma transição bem sucedida de [um] mundo para outros”, disse Zhumatayev.