Em agosto de 1986, Jose e Kitty Menendez foram mortos a tiros no escritório da mansão da família em Beverly Hills; imóvel foi vendido por 17 milhões de dólares
Publicado em 23/03/2024, às 10h50 - Atualizado em 27/03/2024, às 17h29
Em agosto de 1986, os irmãos Lyle e Erik Menendez assassinaram seus pais na mansão da família em Beverly Hills, nos Estados Unidos. Quase quatro décadas após os crimes, o imóvel colossal acaba de ser vendido por 17 milhões de dólares (cerca de R$ 84 milhões).
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Em estilo mediterrâneo, a propriedade, que possui sete quartos, foi anunciada para venda em dezembro do ano passado. Na ocasião, seu preço foi listado por pouco menos de 20 milhões, mas após a redução de preço, o endereço foi vendido na última quarta-feira, 20, segundo o portal imobiliário Realtor.
O presidente da empresa Strategic Property Analytics e avaliador forense, Orell Anderson, estimou que a mansão foi vendida cerca de 25% abaixo de seu valor de mercado. "É realmente o mau vodu que surge quando se compra uma casa para morar com sua família e que pode assustar as pessoas", disse ao portal.
Quase sempre há desconto, mas às vezes é comprado por pessoas que não se incomodam com essas coisas".
Até então, a mansão pertencia ao executivo de telecomunicações Sam Delug, que a comprou em 2001 por 3,7 milhões de dólares. A casa inclui piscina, quadra de tênis provativa e pousada de dois andares. Não se sabe a identidade do novo comprador.
A notória mansão de Beverly Hills foi construída em 1927, mas redesenhada por um amigo da família Menendez, Mark Slotkin, em 1984, conforme repercute o New York Post. Slotkin vendeu a casa para José Menendez, pai dos irmãos, em 1988, por quatro milhões.
Slotkin teve um papel fundamental no julgamento de Erik e Lyle Menendez, testemunhando a favor da defesa sobre o isolamento acústico que instalou na mansão — ele contestou as alegações de uma empregada, que afirmou ter ouvido gritos de discussões familiares, repercute o Realtor.
Jose e Kitty Menendez foram mortos a tiros no escritório da mansão da família em 20 de agosto de 1989. Inicialmente, as investigações tratavam os assassinatos a um possível ataque da máfia, entretanto, os irmãos acabaram sendo implicados no assassinato de seus pais.
Conforme o NY Post, os irmãos Menendez nunca negaram ter matado seus mais. Em defesa, eles alegaram que eram regularmente agredidos sexualmente pelo pai enquanto viviam num estado de medo constante.
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A alegação levou a defesa a argumentar que eles "não podiam abrigar o estado mental necessário para homicídio em primeiro grau e, portanto, eram culpados de homicídio culposo", recorda o New York Post.
Apesar das alegações da defesa, um júri de Los Angeles considerou os irmãos culpados de assassinato em primeiro grau, e ambos cumprem penas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Ambos permaneceram na prisão após as sentenças de 20 de março de 1996.