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Notícias / Naufrágio

Carga de naufrágio mais antigo do mundo é achada intacta no Mar Mediterrâneo

Centenas de ânforas datadas de aproximadamente 3.300 a 3.400 anos atrás foram identificadas por trabalhadores de uma empresa de gás natural

por Giovanna Gomes
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Publicado em 21/06/2024, às 08h35

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Ânforas encontradas no Mar Mediterrâneo - Divulgação/Israel Antiquities Authority
Ânforas encontradas no Mar Mediterrâneo - Divulgação/Israel Antiquities Authority

Centenas de ânforas intactas foram identificadas por uma empresa de gás natural a uma profundidade de 1,8 km, a 90 km da costa do Mar Mediterrâneo. Autoridades da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) foram alertadas e confirmaram um naufrágio, conforme divulgado na última quinta-feira, 20.

Um estudo feito pelos arqueólogos indica que se trata de uma embarcação do final da Idade do Bronze, datando de aproximadamente 3.300 a 3.400 anos atrás. Em comunicado publicado no Facebook, a Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) relatou que o navio parece ter afundado em meio a uma crise, possivelmente devido a uma tempestade ou a uma tentativa de ataque pirata.

Este é o navio mais antigo do mundo já encontrado em águas profundas e o primeiro e mais antigo descoberto nas profundezas do Mar Mediterrâneo Oriental, sugerindo novas informações sobre a história da região.

Esta descoberta nos revela as capacidades de navegação dos antigos marinheiros cananeus [habitantes da antiga Canaã], capazes de atravessar o mar sem linha de visão para qualquer costa”, explica o chefe da Unidade Marinha da IAA, Jacob Sharvit.

O pesquisador ainda destaca: “Deste ponto geográfico, apenas o horizonte é visível ao redor. Para navegar, eles provavelmente usaram os corpos celestes, obtendo avistamentos e ângulos do sol e das posições das estrelas”.

Investigação

Dada a importância desta descoberta, a companhia cedeu uma de suas equipes para trabalhar com os especialistas da IAA na investigação do barco. De acordo com a fonte, os técnicos da empresa planejaram uma operação única e complexa e construíram uma ferramenta especial para permitir a extração dos artefatos com risco mínimo de danos.

O mapeamento do local feito por robôs esclareceu que se tratava de um navio naufragado de 12 a 14 metros de comprimento que transportava centenas de vasos, dos quais apenas alguns eram visíveis acima do fundo lamacento do oceano. As vigas de madeira do navio também pareciam estar enterradas na lama”, diz Sharvit.

Dois dias após o início dos trabalhos em alto-mar, a equipe havia extraído duas ânforas, uma de cada extremidade do navio. Os especialistas apontam que a embarcação provavelmente transportava produtos relativamente baratos e produzidos em massa, como azeite, vinho, além de itens agrícolas, como frutas.