Segundo a Human Rights Watch, durante um período de 7 meses, vários dos cadáveres foram atirados perto da cidade de Djibo
Segundo informou a rede BBC, em Djibo, norte de Burkina Faso, foram encontrados em um campo pelo menos 180 corpos. No local há confrontos entre soldados locais e jihadistas, segundo relatório da Human Rights Watch (HRW).
Corinne Dufka, diretora na HRW, comentou que a região foi transformada em um verdadeiro "campo de extermínio". Acontece que Burkina Faso está em guerra contra insurgentes islâmicos com laços com a Al Qaeda e o grupo Estado Islâmico desde 2016.
De lá para cá, segundo Chérif Moumina Sy, ministro da Defesa de Burkina Faso, têm sido "difícil para a população distinguir entre grupos terroristas armados e as forças de defesa e segurança".
"As evidências disponíveis sugerem que as forças do governo estavam envolvidas em execuções extrajudiciais em massa", revelou a HRW. Segundo a entidade de direitos humanos, de novembro de 2019 e junho de 2020, muitos dos cadáveres foram jogados perto da cidade de Djibo, e depois enterrados por residentes da região.
Os casos ainda estão sob investigação, segundo o ministério de defesa local. Representantes da HRW conduziram entrevistas em Djibo para entender o que ocorreu na área. Eles acreditam que as forças de segurança locais detiveram e mataram os indivíduos. Havia desconfiança de que eles faziam parte ou apoiavam grupos militantes islâmicos.