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"Campo de extermínio": local esconde 180 corpos em Burkina Faso, relevam autoridades

Segundo a Human Rights Watch, durante um período de 7 meses, vários dos cadáveres foram atirados perto da cidade de Djibo

Vanessa Centamori Publicado em 08/07/2020, às 16h50

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Placa em Djibo - Divulgação/Human Rights Watch
Placa em Djibo - Divulgação/Human Rights Watch

Segundo informou a rede BBC, em Djibo, norte de Burkina Faso, foram encontrados em um campo pelo menos 180 corpos. No local há confrontos entre soldados locais e jihadistas, segundo relatório da Human Rights Watch (HRW). 

Corinne Dufka, diretora na HRW, comentou que a região foi transformada em um verdadeiro "campo de extermínio". Acontece que Burkina Faso está em guerra contra insurgentes islâmicos com laços com a Al Qaeda e o grupo Estado Islâmico desde 2016.

De lá para cá, segundo Chérif Moumina Sy, ministro da Defesa de Burkina Faso, têm sido "difícil para a população distinguir entre grupos terroristas armados e as forças de defesa e segurança".

"As evidências disponíveis sugerem que as forças do governo estavam envolvidas em execuções extrajudiciais em massa", revelou a HRW. Segundo a entidade de direitos humanos, de novembro de 2019 e junho de 2020, muitos dos cadáveres foram jogados perto da cidade de Djibo, e depois enterrados por residentes da região. 

Os casos ainda estão sob investigação, segundo o ministério de defesa local. Representantes da HRW conduziram entrevistas em Djibo para entender o que ocorreu na área. Eles acreditam que as forças de segurança locais detiveram e mataram os indivíduos. Havia desconfiança de que eles faziam parte ou apoiavam grupos militantes islâmicos.