O prefeito de Camogli, Francisco Olivari, nomeou a situação como uma “catástrofe inimaginável”. Entenda a situação!
Na última segunda-feira, 22, um deslizamento de terra na comuna de Camogli, em Gênova, na Itália, provocou uma situação um tanto quanto inusitada.
Isso porque, o cemitério local, construído há mais de 100 anos em uma área de falésias rochosas à beira mar, acabou cedendo, o que fez com que centenas de caixões caíssem no mar.
Segundo informações repercutidas pelo UOL, estima-se que 200 caixões tenham caído no mar. Porém, de acordo com o site local La Repubblica, até a manhã de ontem, 23, apenas 13 deles havia sido recuperados, sendo que deste montante, somente 5 cadáveres foram identificados.
O prefeito de Camogli, Francisco Olivari, nomeou a situação como uma “catástrofe inimaginável”. O prefeito ainda informou que os caixões e cadáveres que foram recuperados estão sendo guardados “em estrutura segura no cemitério central”.
Olivari ainda explicou que tendas foram montadas pela secretaria de proteção civil com o intuito de abrigar os restos mortais que foram encontrados no mar. Sabe-se que, no último sábado, 20, uma obra de manutenção estava sendo feita no local, porém, a mesma foi interrompida após trabalhadores constatarem rachaduras nas rochas.
"Estávamos trabalhando em uma parte da costa rochosa — era perto da área que caiu. Vimos alguns sinais de fissuras. Decidimos fechar o cemitério”, informou o prefeito em entrevista à CNN Internacional. "Este tipo de colapso que aconteceu é muito difícil de detectar ou prever. Esta área está sujeita a este tipo de colapso — é muito frágil".
Depois que as obras foram paralisadas, funcionários da proteção civil foram chamados ao local para analisarem a situação do terreno. Agora, após o deslizamento, geólogos do departamento usarão drones para avaliar a dimensão do acidente e analisar se há a possibilidade de que outro deslizamento ocorra.
Sobre o resgate de outros caixões, o assessor da secretaria civil, Giacomo Giampedrone, disse que o resgate “dependerá do mar nos próximos dias”. Além disso, Giampedrone disse que a autoridade portuária bloqueou quaisquer acessos à região na noite da segunda-feira.
Mesmo assim, uma inspeção realizada ontem permitiu que mergulhadores do corpo de bombeiros continuassem o trabalho de recuperação dos caixões e dos restos mortais. O Ministério Público de Gênova anunciou que abriu uma investigação para apurar o caso.