Um dos três caixões que continham o faraó nunca havia saído da tumba. A intenção é deixá-los prontos para serem a principal atração de museu que abrirá ano que vem no Egito
Um dos caixões do Faraó Tutancâmon foi retirado da tumba pela primeira vez desde que foi descoberto, em 1922, para passar por uma restauração de oito meses.
A múmia do Faraó-Menino foi encontrada em seu luxuoso sarcófago de três níveis, que continha três caixões concêntricos. O do meio é feito de madeira dourada e gesso com pedaços de vidro coloridos, enquanto o mais interno é de ouro maciço. Ambos estão expostos no Museu Egípcio, no Cairo. Já o externo, composto dos mesmos materiais que o do meio, nunca tinha visto a luz do dia, pelo menos até agora.
Os especialistas responsáveis dizem que a restauração será feita da forma menos invasiva possível, com cada pedaço de gesso sendo colado em seu devido lugar após os processos mecânicos e químicos. A ideia é exibir os três caixões juntos pela primeira vez desde que foram descobertos no Grande Museu Egípcio, marcado para inauguração apenas em 2020.
Tutancâmon é o mais famoso faraó do Antigo Egito. A descoberta de suas relíquias pelo arqueólogo inglês Howard Carter, em 1922, gerou grande frenesi na mídia. O faraó-menino pertenceu à décima oitava dinastia e chegou ao trono em tenra idade, com cerca de nove ou dez anos. Saiu dele jovem, também, morrendo aos 18, e por isso é assim chamado.
A causa mortis não foi identificada pelos pesquisadores, e o que se sabe é que ele, após sua ascensão, casou-se com a própria meia-irmã. Até hoje, seu famoso sarcófago com uma representação de seu rosto, mostrado na imagem acima, é o que vem à cabeça de muitos quando se fala em múmias egípcias.
Em sua tumba, no Vale dos Reis, foram encontradas tantas riquezas que foi necessária uma década inteira até que a expedição de Carter conseguisse recolher todos os tesouros, incluindo uma adaga feita de meteorito. Tal opulência, segundo os cientistas, remete à sua dinastia e à época de prosperidade que os acompanhou.