Bobi é um rafeiro do alentejo nascido em 11 de maio de 1992, na cidade de Leiria
Éric Moreira, sob supervisão de Wallacy Ferrari Publicado em 04/02/2023, às 08h19
Uma das maiores tristezas para os donos de pets é o fato de que, a grande maioria deles, vivem muito menos que humanos, de forma que um cachorrinho pode ser acompanhado por alguém desde seu nascimento até sua morte. Mas aparentemente a família Costa, da cidade de Leiria, em Portugal, possui um bichinho que se nega a abandoná-los.
Bobi, um cão da raça rafeiro do alentejo, conquistou recentemente não só o título de cachorro mais velho vivo, como também do mais longevo da história, pelo Guinness. Nascido na vila de Conqueiros em 11 de maio de 1992, hoje tem 30 anos e 268 dias, uma idade surpreendente para a raça, que vive, geralmente, de 12 a 14 anos.
Para que o recorde fosse confirmado, a idade do cão foi inclusive conferida em exames no veterinário, além de ter sido verificada pelo Sistema de Inscrição de Animais de Companhia (Siac), um banco de dados de animais de estimação autorizado pelo governo português e administrado pelo Sindicato Nacional dos Médicos Veterinários.
Leonel Costa, um dos tutores de Bobi, contou ao Guinness, como repercutido pela Revista Galileu, que o plano inicial para o animal, há 30 anos, não era de cuidar dele como ocorreu de fato. Quando o cachorro nasceu, em 1992, Leonel tinha 8 anos, mas seu pai não queria cuidar dos filhotes recém-nascidos, devido ao número de animais que já tinham — Bobi nasceu de uma ninhada de quatro filhotes machos.
Então, na pressa, quando foi se livrar dos filhotes, o homem acabou deixando um para trás acidentalmente. Leonel, que não queria que o pai descobrisse o ocorrido, ajudou a cuidar do bichinho até que seus olhos estivessem abertos e ele fosse, finalmente, considerado da família, salvando assim sua vida — que viera a se tornar surpreendentemente longa.
O tutor de Bobi afirma acreditar que o ambiente calmo em que o animal vive, no campo, é um dos segredos para sua longevidade. Ele conta que o cachorro nunca foi preso ou acorrentado, além de sempre apreciar caminhadas pela floresta e fazendas em torno da propriedade da família, sem contar que sempre conviveu com outros animais.
Além disso, a alimentação também pode ter sido importante para isso: Bobisempre foi alimentado com comida humana, em vez de ração, que era deixada de molho na água antes de ser servida, a fim de retirar todos os temperos presentes.
A saúde do cachorro, embora não seja das melhores, visto que 30 anos de vida é uma marca absurda para um animal do tipo, também nunca apresentou problemas graves em todos esses anos. O único susto ocorreu em 2018, quando ele desmaiou repentinamente após apresentar dificuldades respiratórias.
Temos consultas veterinárias regulares com ele e os exames sempre mostraram que ele está bem para a idade avançada", conta Leonel ao Guinness.
Vale lembrar que Bobi superou dois recordes, quando foi descoberto: o de cachorro mais velho vivo, que antes pertencia a Gino, um chihuahua de 23 anos, e o de cão mais velho de todos os tempos, posto esse ocupado antes por Bluey, um pastor-australiano que nasceu em 1910 e viveu até seus 29 anos e 5 meses de idade.
